Neymar está entre maiores do PSG, clube nascido no 'Ano do Brasil'

Pode ser apenas coincidência, mas o ano de fundação do PSG (Paris Saint-Germain), hoje o clube que mais arrecada no mundo, é o mesmo da conquista do tricampeonato mundial da seleção brasileira. O clube francês, portanto, nasceu no "Ano do Brasil" dentro do futebol.

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Neymar, atualmente o melhor jogador brasileiro, é sem dúvida um dos maiores da história do PSG, apesar de todas as polêmicas em torno dele e apesar de o jornal L'Équipe não o incluir nesta lista.

Em termos de títulos, ele está entre os maiores vencedores da equipe, tendo conquistado o campeonato francês de 2017?18, 2018?19; a Copa da Liga Francesa de 2017?18; a Copa da França de 2017?18 e a Supercopa da França em 2018.

A contratação do jogador, em 2017, foi o símbolo maior do apego do clube (e do futebol francês) ao futebol brasileiro.

O nascimento do PSG, afinal, serviu como um impulso para o futebol francês, já que em toda a França a inspiração maior era o estilo de jogo praticado no Brasil daqueles tempos.

A partir de então, em muitas ocasiões, a forma de jogo do futebol francês, e da seleção do país, era considerada a representante do Brasil na Europa.

O estilo francês, comandado pelo lendário Michel Hidalgo, morto nesta semana aos 87 anos, ajudou a impulsionar toda a revolução tática no futebol europeu anos depois.

As movimentações de jogadores técnicos como Jean Tigana, Marius Tresor, Alain Giresse e principalmente Michel Platini, no meio-campo, contribuíram e muito para as inúmeras variações de saída de jogo utilizadas por exemplo pelo Barcelona entre 2010 e 2013.

E então veio a geração de Zinedine Zidane. Dentro de campo, um craque cerebral.

E fora dele, como técnico, um representante do seu próprio futebol dentro de campo. Sempre armou times extremamente técnicos, criativos, inteligentes na troca de posições.

Pode-se dizer que, depois de anos sem tanta representatividade francesa, o PSG foi uma espécie de ponto de partida. Estimulado pelo futebol brasileiro.

Não é à toa que, ao longo da história, os brasileiros estiveram presentes em grandes momentos do clube. Somente no início da fase de conquistas, nos anos 80, eles não estiveram presentes.

A equipe tinha ídolos como o goleiro Joel Bats, o meio-campista Luis Fernandéz, os atacantes Dominique Rocheteau e Pierre Vermeulen e era comandada pelo grande técnico Gerard Houllier.

Mas o ápice teve brasileiros como protagonistas. Nos anos 90, Raí era o cérebro do time que conquistou a Liga de 1993-1994 e a Copa da França de 1994?1995 e 1997?1998, entre outros.

O meia Valdo e o zagueiro Ricardo Gomes também eram destaques. Depois vieram Ronaldinho Gaúcho, Leonardo, Nenê, Souza, entre outros.

A chegada de Neymar deu ainda mais brilho à presença dos brasileiros no clube, levando em conta apenas a atuação dele como jogador.

Neste sentido, pelos próprios números, ele já é um dos melhores da história do clube. Poucos conquistaram tanto em tão pouco tempo por este clube.

Que poderia ter, como melhor seleção de todos os tempos, a presença de pelo menos cinco brasileiros.

O time poderia ser: Bernard Lama; Jean-Luc Sassus, Ricardo Gomes, Alain Roche e Patrick Colleter; Paul Le Guen, Valdo, Ronaldinho Gaúcho e Raí; Neymar e Dominique Rocheteau.

O técnico seria Laurent Blanc, o que mais ganhou títulos nacionais com a equipe (2013 a 2016).

Comparações são injustas mesmo. Mas injustiça também é menosprezar o que Neymar tem feito pelo PSG. Um clube que sempre se espelhou no futebol brasileiro. Dentro de campo.

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