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Iraque pede à ONU que condene ataques de EUA e Irã 

Internacional 12/01/2020/ 00:01:10
Iraque pede à ONU que condene ataques de EUA e Irã 
EUA afirmam que suas tropas do Iraque são uma 'força para o bem' no Oriente Médio Azad Lashkari/Reuters - 21.10.2019


O Iraque solicitou nesta sexta-feira (10) ao Conselho de Segurança da ONU (Organização ds Nações Unidas) que condene os ataques tanto dos Estados Unidos como os do Irã no território do país.



"Condenamos com contundência os ataques e agressões que violam a soberania do Iraque e a Carta das Nações Unidas. Pedimos ao Conselho de Segurança que condene esses ataques", disse o embaixador do Iraque na ONU, Mohammed Hussein Bah Alulum.



No pronunciamento feito durante reunião do Conselho de Segurança, o diplomata iraquiano também pediu calma para evitar uma escalada do conflito na reunião e que os envolvidos não tomem medidas unilaterais.



Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU ao lado de Rússia, China, França e Reino Unido, os Estados Unidos têm poder de veto e pode barrar a resolução proposta pelo governo do Iraque.



No último dia 3, o governo americano matou em Bagdá o general iraniano Qasem Soleimani. Cinco dias depois, o Irã respondeu bombardeando duas bases iraquianas usadas por tropas dos EUA.





"É fundamental que não sejam tomadas mais medidas unilaterais que debilitem os esforços internacionais destinados a combater o terrorismo. Os terroristas podem aproveitar desta situação para colocar em perigo o nosso povo, o que também pode colocar em perigo a segurança internacional", disse o diplomata no pronunciamento.



Sem citar explicitamente o Irã ou os EUA, Alulum disse que alguns países não estão cumprindo os princípios defendidos na Carta da ONU e "escolheram o conflito no lugar da cooperação para defender seus interesses".



"Eles recorreram à força, violando a soberania dos Estados e sua integridade territorial. Isso pode ter consequências catastróficas para a paz e a segurança internacionais", reforçou o diplomata.



O Iraque defende que todas as partes envolvidas no recente conflito "voltem à razão" na hora de tomar decisões e recorram a canais políticos e diplomáticos para evitar uma nova escalada do problema.



"Não somos inimigos de ninguém, mas sim amigos de todos", disse Alulum, que ressaltou o desejo do Iraque de reconstruir o país depois de expulsar o grupo terrorista Estado Islâmico de parte de seu território.



O primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdel Mahdi, pediu aos Estados Unidos que envie representantes a Bagdá para estabelecer um mecanismo de retirada das tropas americanas do país.



O pedido atende à decisão do parlamento do Iraque, que solicitou ao governo que não mais permita a presença de qualquer força estrangeira no território do país.



No entanto, os EUA reiteraram nesta sexta que não contemplam retirar suas tropas do Iraque e afirmaram que são uma "força para o bem" no Oriente Médio.



Fonte: r7.com

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