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Suprema Corte dos EUA analisa casos de 'infiéis' no Colégio Eleitoral

Internacional 19/01/2020/ 00:01:03
Suprema Corte dos EUA analisa casos de 'infiéis' no Colégio Eleitoral
Suprema Corte dos Estados Unidos Aaron P. Bernstein/Reuters - 14.12.17


À medida que a corrida eleitoral de 2020 esquenta, a Suprema Corte norte-americana concordou, nesta sexta-feira (17), em analisar uma disputa envolvendo o complexo sistema eleitoral presidencial dos Estados Unidos. O foco será voltado em saber se os delegados do Colégio Eleitoral estão livres para quebrar suas promessas de apoiar o candidato que vencer a votação popular de seu Estado, um ato que pode causar reviravolta em uma eleição.



A Suprema Corte analisará recursos em dois casos - do Estado de Washington e do Colorado - envolvendo delegados que decidiram votar no processo do Colégio Eleitoral em alguém que não fosse a democrata Hillary Clinton em 2016, mesmo com a vitória dela na votação popular em seus Estados. Os juízes da corte determinarão se os chamados eleitores infiéis têm o poder de votar no Colégio Eleitoral como acharem adequado ou se os Estados podem impor restrições, incluindo penalizações.



O caso envolve o complicado sistema eleitoral presidencial dos EUA, no qual o vencedor é determinado não pela maioria de votos de eleitores nacionalmente, mas pela maioria dos votos atribuídos aos 50 Estados dos EUA e ao Distrito de Columbia.



Indivíduos que atuam como eleitores no Colégio Eleitoral --geralmente partidários-- dão esses votos. Todos os Estados, com exceção de Maine e Nebraska, têm um sistema no qual o candidato vencedor na votação popular leva todos os votos dos delegados do Estado.



O número de delegados em cada Estado é a soma de seus dois senadores e o número de membros na Câmara dos Deputados, com base no tamanho da população. O distrito de Columbia, que não é um Estado, tem três delegados.



Normalmente uma formalidade negligenciada, o Colégio Eleitoral assumiu importância maior após as eleições de 2016, quando 10 delegados votaram em alguém que não era o candidato de seu partido. Foi um número incomumente alto de eleitores infiéis e poderia ter mudado o resultado em cinco das 58 eleições presidenciais anteriores dos EUA, de acordo com documentos legais em um dos recursos apresentados na Suprema Corte.





O presidente Donald Trump derrotou a rival democrata Hillary Clinton por uma margem de 304 a 227 votos no Colégio Eleitoral, apesar de ter perdido na votação popular nacionalmente por cerca de 3 milhões de votos. Os delegados infiéis podem mudar o resultado das eleições presidenciais com margens mais reduzidas no Colégio Eleitoral.



Trump buscará a reeleição em 3 de novembro. Seu governo não tomou partido em nenhum dos casos.



Fonte: r7.com

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