Audi A4 Avant: testamos a respeitável perua alemã de 190cv
Sóbria e elegante, a atual geração do Audi A4 mostra o refinamento necessário de um carro médio. O R7-Autos Carros testou ao longo de uma semana o A4 Avant que traz todas as suas qualidades e pequenas limitações em corpo de perua, algo incomum quando falamos de um mercado inundado por SUVs. O visual é sóbrio com linhas retas e elementos atuais como a grade Singleframe, com recorte mais afilado que estreou no segundo semestre do ano passado.
Conforto e bom gosto de série
Em uma respeitável station wagon há porta-malas de 505 litros com abertura e fechamento elétricos (na chave, por botão ou acionando o mecanismo com um movimento dos pés), entre-eixos respeitável de 2,82m, 4,72m de comprimento, 1,84m de largura e 1,42m de altura. Sobra espaço? Depende. No A4 Avant o espaço traseiro é reduzido e o teto é baixo que pode prejudicar o acesso dos mais altos sem falar no túnel central bastante elevado.
Apesar disso na dianteira o espaço e a posição são impecáveis. Surpreende a sobriedade dos materiais escolhidos e sua qualidade. Há ajustes de altura e distância da coluna de direção com acionamento mecânico além dos bancos dianteiros elétricos. O carro conta com o Virtual Cockpit com tela horizontal de 12,3 polegadas onde é possível projetar dados do Infotainment, mapas e também informações do carro com mostradores circulares.
Motor bem aproveitado
Na atual geração o motor escolhido é o 2.0TFSI de 190cv de 4.200 a 6.000 rpm, e notáveis 32,6 kgfm, entre 1.450 e 4.200 rpm. Antes de ir para o câmbio vale lembrar que este motor (EA888) é um dos mais eficientes do mercado com tecnologias como dupla injeção de combustíveis, duplo comando de válvulas variáveis, dupla injeção, válvula de alívio elétrico do turbocompressor entre outros. Na prática, mesmo bem menos potente que as antigas versões de 252cvo A4 tem motor disposto em rotações baixas mostrando-se eficiente para os seus 1.460kg. O câmbio é o Steptronic de dupla embreagem e sete marchas que tem trabalho impecável com o controle de abertura de válvulas. Ao longo do teste chegamos a até 13km/litro na estrada e 9,8km/h na cidade, com gasolina.
Porém o comportamento muda conforme os cinco perfis de direção: Dynamic, Efficiency, Comfort, Automatic e Individual que compõem o Audi Drive Select. Apesar das diferenças, a suspensão (reprojetada na linha 2020) se mostrou eficiente em todos os perfis e um pouco mais dura apenas no Dynamic.
Nível de equipamentos
Com todo o conjunto mecânico do A4 Avant e sua dinâmica de direção faz falta um sistema de entretenimento mais moderno. A multimídia MMI tem ótima resolução, conexão com smartphones Apple e Android, bluetooth, rádio e informações sobre os modos de condução. No entanto, peca ao oferecer o antiquado botão giratório e muitos botões para acessar os menus. É preciso olhar quase sempre para baixo até se acostumar desviando o olhar da tela que poderia ser sensível ao toque. Justiça seja feita: a qualidade percebida do toque dos botões é de impressionar mas a interação é inferior à oferecida nos concorrentes.
O A4 Avant traz ar condicionado de três zonas com controle digital e botões sensíveis ao toque, teto solar panorâmico, kit visual S-line, farois full LED, câmera de ré de alta resolução e pacote Assistance Tour de assistentes à condução, disponíveis na versão avaliada, a Prestige Plus 40 TSI S Tronic 2020. O preço do veículo é R$ 219,9 mil. É mais caro que muitos SUVs compactos de marcas premium como o próprio Audi Q3, mas com uma impressão de dirigir incomum com um charme que só as peruas, em vias de extinção, podem oferecer.
Fonte: r7.com
