Nova York decreta trabalho em casa para serviços não essenciais

O governo do estado de Nova York, nos Estados Unidos, decretou nesta sexta-feira (20) que todos os funcionários de serviços não essenciais deverão deixar de ir aos locais de trabalho, para evitar a propagação do novo coronavírus na região.

"Apenas as atividades essenciais funcionarão. As pessoas podem trabalhar de casa, mas apenas os serviços essenciais poderão ter trabalhadores nos postos de trabalho", explicou o governador Andrew Cuomo, que vinha sendo cobrado por medidas mais duras.

O governador disse que haverá multas e fechamentos forçados para empresas que não cumprirem. "Essas medidas serão aplicadas. Elas não são recomendações", insistiu.

Entre os serviços essenciais excluídos estão, entre outros, supermercados e farmácias.

Além disso, foi ordenado o cancelamento de reuniões que não sejam classificadas como fundamentais ou qualquer concentração de pessoas nas ruas. Assim como seguem as recomendações para que se mantenha distância e o se evite o uso do transporte público.

As regras são mais rígidas para os grupos de risco - que incluem os maiores de 70 anos e aqueles com problemas de saúde anteriores -, que devem permanecer em casa, exceto para se exercitar sozinhos, medir a temperatura de quem os visita e usar uma máscara sempre que estiverem com alguém, entre outras coisas.

No caso de indivíduos, não estão previstas multas ou sanções por enquanto, mas Cuomo confia que todos respeitarão a determinação, com um apelo especial aos jovens, a quem ele pediu solidariedade.

A ideia é que todos fiquem em suas casas o maior tempo possível, embora ninguém, por exemplo, seja impedido de sair para "tomar um ar". Cuomo insistiu que as pessoas não podem ser obrigadas a ficar em casa 24 horas por um período que ainda não está claro e que pode ser de "meses".

Como ele ressaltou, as ações em Nova York são as mais rigorosas em todo o país, em resposta ao grande número de casos registrados no estado.

Hoje, 7.102 positivos foram confirmados no estado, 2.950 a mais que ontem, um forte aumento que Cuomo vinculou a quantidade de testes que estão sendo realizados a cada dia. O número de mortos subiu para 35.

O governador também anunciou que está em andamento um trabalho para multiplicar o número de vagas nos hospitais e o estudo da adaptação de grandes edifícios para fins médicos, por exemplo, centros de conferência ou campus universitários.